sábado, 18 de outubro de 2008

Agradecimento

O Grupo de Teatro Experiência vem humildemente agradecer a todos que fizeram acontecer mais um belo espetáculo.

Agradecemos Primeiro a Deus, pois sem sua ajuda nada seria possível, aos nossos Familiares que têm bastante paciência conosco ao longo dos ensaios que acontecem tarde da noite, aos nossos patrocinadores sem a ajuda de vocês não poderíamos realaizar um ótimo trabalho todos os anos e ao nosso público fiel que acompanha com muito carinho nossos trabalhos.

Temos grande prazer de fazer o que fazemos, principalmente de mostrar para uma platéia que consideramos a melhor de Santarém, sempre em silêncio (quando é pra estar), mas também que morre de rir com nossas piadas. Nosso público é DEZ, é CEM, é MIL...

Um obrigado muito especial aos moradores do Bairro do Mapiri que todos os anos lotam um ônibus para nos prestiagiar na Casa da Cultura.

Muito Obrigado à todos!!!!!!!!!!!!!!!!.....

"No Pé da Sapupema" sucesso de público

Foi sucesso de público o espetáculo do G.T. Experiência na última segunda 13/10/08. A Casa de Cultura estava lotada. O público foi aos montes para prestigiar as trapalhadas de Chico e Machico além de seu Sabá, o personagem mais centrado da trama. Todos foram aos risos com os três coletores de castanhas que sonhavam em ficar ricos através da colheita, mas que foram obrigados a deixar esse sonho de lado por conta de um "Bicho" que estava os perseguindo. Até mesmo seu Sabá não conseguiu conter o medo fugindo e deixando para trás os paneiros com castanhas. Esperamos que a XIX Mostra de Teatro de Santarém seja muiiiiito melhor do que essa!

domingo, 5 de outubro de 2008

No Pé da Sapupema na XVIII Mostra de Teatro de Santarém

O Experiência, como todos os anos, participa da Mostra de Teatro de Santarém. Esse ano o grupo trás para seu público o espetáculo que fez maior sucesso na Mostra do ano passado "No Pé da Sapupema". A noite do grupo na Mostra será dia 13 de Outubro de 2008, segunda-feira.

Esse ano o grupo vem com uma novidade. O Experiência além de reapresentar sua produção que teve mais de dois anos de pesquisa, conta com a volta, após três anos sem subir ao palco da Casa da Cultura em uma Mostra de Teatro, do ator Marcelo Santos. Seu último trabalho foi na Peça "Uma Tar de Cobra Grande" (2003-2004), na pele de Merandolino (caboclo que se transformava em Cobra Grande).

Veja abaixo a Sinopse, o Elenco e a ficha técnica do Espetáculo:

SINOPSE:
Conta-se a lenda cabocla que na mata se ouve gritos, odor insuportável.
Ao longe parece ser alguém perdido, e quando os caçadores e coletores tentam ir ao encontro do gritador acabam por se perder na mata.

Sabá, Chico e Machico são coletores de castanhas e saem para a mata em busca dos tão preciosos frutos, após algum tempo de caminhada percebem que estão perdidos, mas em uma área onde há bastantes ouriços de castanhas, coletam os frutos quando de repente começam ouvir gritos que a cada minuto vêm se aproximando mais deles e Machico, o mais medroso quer logo voltar para o barraco, mas Sabá avisa que só vão voltar quando coletarem todas as castanhas, à medida que eles caminham o grito os acompanha no meio da mata.

Em um determinado tempo após caminharem bastante tentando achar o caminho de volta eles vêem uma Sapupema e tem a idéia de se comunicar através da batida na arvore, mas ao baterem no tronco da Sapupema eis que.....

Para conferir o que acontece é só assistir a peça “No Pé da Sapupema”, no dia 13 de outubro de 2008 ás 20h na Casa da Cultura.

ELENCO:
Atores--------------------------Personagem

Berg Geovane-----------------Chico

Darlison Nobre----------------Machico

Gledson Tavares--------------Bicho

Marcelo Santos----------------Seu Sabá

FICHA TÉCNICA:
Co-autoria: O grupo

Coordenação e Sonoplastia: Darlison Nobre e Valtelene Pereira

Direção: Carlos Alves e Fábio de Sousa

Iluminação: Fábio de Sousa

Cenografia e Figurino: Claudiomar Pedroso e Carlos Alves

Contra-Regragem: O grupo.

Eleições 2008


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Fotos do Grupo

Os Dentinhos

O Grupo num passeio muito bom!

Foto de Família na praia.

"Os Químicos - transformam música em merda". rsrsrs...

Essa foto tá bacana!

A galera só de boa!

Muita festa no Niver da Joice!

O Grupo concentrado na hora da oficina!

Alguns membros do Grupo.

O pessoal de novo.

O "Bicho" de nossa peça: "No Pé da Sapupema".

Seu Sabá, Chico e Machico. Personagens de "No Pé da Sapupema".

As Gatinhas do Experiência!

As Gatinhas do Experiência na Casa da Cultura.

Os Dentinhos.

Apresentação do Grupo na Colônia: "A Onça", uma remontagem de "Uma Tar de Cobra Grande".

Nossos Palhaços!

É desse jeito que saímos para animar as crianças!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Circuito EstradAfora traz a ONG "Teatro de Tábuas" a Santarém

A Prefeitura Municipal de Santarém, via Coordenadoria de Cultura, será parceira da Rede Celpa na organização do Circuito EstradAfora, uma iniciativa que consiste na realização de oficinas, apresentações teatrais e mostras de cinema. O evento será realizado na Praça de São Sebastião de 07 a 10 de setembro.


A programação inicia no domingo, 07, às 13 horas, com cinema infantil. Às 15 horas haverá cinema com censura para 14 anos e, à noite, às 20 horas, haverá sarau.


Nos outros dias (08, 09 e 10) a programação terá, às 08 horas, oficinas de jogos e voz e cinema infantil; às 10 horas cinema infantil; às 13 horas cinema infantil; às 14 horas oficina de jogos e voz; às 15 horas, cinema com censura para 14 anos; às 19h30min, teatro; e, às 21 horas, novas sessões de teatro.


Entre as atrações do Circuito EstradAfora estão a apresentação da peça “A energia da criação” (do grupo Teatro de Tábuas) e os filmes “Meu nome não é Johnny”, “Bee Movie” e “Anjos do Sol”.


Fonte: www.santarem.pa.gov.br

I Mostra de Teatro Mocorongo

A Cia. de Artes Onphalos, Programa de Extensão da Universidade Federal do Pará, apresentará na Casa de Cultura nos dias 05 a 07 de Setembro a I Mostra de Teatro Mocorongo.


A Mostra tem como intuito divulgar a arte Santarena, a arte de criação e produção e dramatização de textos teatrais escritos por nossos “mocorongos”, para tanto a Cia. demonstrará a arte de criação de suas integrantes, Érica Person em “Tudo por Acaso” e Lívea Amazonas “Funcionários explorados”, além de expor autores de outras regiões como Cláudio Simões em “Quem não ama não mata”.


A expectativa do evento é que sejam alcançados tanto o público jovem quanto o adulto, e que essa Mostra seja a abertura para que a arte puramente santarena seja divulgada em nossa cidade.


Aulenice Ferreira e Suelen Regina

Fonte: www.ufpa.br/santarem

PS. Veja abaixo a entrevista que o blog fez com o grupo sobre a I Mostra de Teatro Mocorongo.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Conheça um pouco sobre a Cia de Artes Onphalos e a I Mostra de Teatro Mocorongo



Experiência: A Cia. de ArtesOnphalos existe desde quando? Qual a idéia inicial ao se constituir uma Cia. de teatro dentro de um espaço acadêmico?


Onphalos: Em 2002, um grupo de estudantes do Curso de Letras da Universidade Federal do Pará uniu-se com o intuito de fazer teatro e levar as artes cênicas para a comunidade acadêmica. As atividades aumentaram, a procura e o interesse universitário pela arte teatral cresceu de tal forma que a Cia passou a disponibilizar todos os anos a Oi! (Oficina de Iniciação Teatral) para seleção de novos integrantes.

No ano de 2007 a Cia. deixou de se projeto, recebendo o título de Programa de Extensão Universitário, visando à pesquisa e a construção de espetáculos teatrais que divulguem os textos de obras literárias brasileiras e universais, sejam textos já conhecidos pela Crítica Literária ou de autores regionais, marginais e em ascensão, revolucionando por meio da arte a proposta de leitura e interpretação textuais.


Experiência: Atualmente a Cia. é constituída de quantos membros?


Onphalos: 20 integrantes.


Experiência: Vocês sempre fazem apresentações no Auditório da Universidade Federal do Pará, apresentações essas que são de médio porte, se comparado às demais que acontecem em Santarém, e o grupo já participou em algumas edições da Mostra de Teatro da Cidade. Agora vocês trazem ao público uma série de espetáculos encapsulados em uma mostra, a I Mostra de Teatro Mocorongo. Contem um pouco como será este evento.


Onphalos: Por que Teatro Mocorongo? Para quem e para quê?


Encontramos em Meu Baú Mocorongo, do historiador Wilson Fonseca, a explicação do termo, que diz “Ninguém pense que mocorongo, no caso, é caipira ou matuto. Mocorongo é a denominação que se dá para a pessoa nascida em Santarém, Estado do Pará. E todo santareno tem orgulho de ser mocorongo, como o natural do Rio de Janeiro tem orgulho de ser carioca.

Como disse Silvério Sirotheau, depois de referir-se ao 'mocorongo' – tipos que habitam a orla marítima do norte do Estado do Rio de Janeiro – o mocorongo santareno é um antípoda perfeito do seu homônimo fluminense, pois como lembra Wilde Fonseca o natural de Santarém mocorongo quer dizer 'sadio, trabalhador, corajoso e progressista”.


O termo mocorongo também foi usado como alcunha depreciativa pelo colonizador português para se referir ao indígena nativo do Tapajós. E até hoje o termo é mal utilizado por algumas pessoas, quando pretendem ofender, xingar ou agredir o natural de Santarém. No entanto, por outro lado, todo povo busca na afirmação de sua identidade uma maneira de ser reconhecido por outros povos, valorizando seus costumes, suas artes, sua gente e o seu linguajar. Portanto, a Cia. De Artes Onphalos vem presentear com uma espetacular programação cultural cada mocorongo e cada mocoronga com 3 dias de apresentações teatrais, mostrando o que Santarém tem de melhor nas artes cênicas de âmbito universitário.

Essa mostra intui alcançar o maior público possível e facilitar o acesso aos bens culturais e à produção teatral local, proporcionando, assim, uma opção de divertimento e lazer no mês de setembro.


Experiência: Há quanto tempo a Cia. vem se preparando, entre ensaios e organização, para essa Mostra?


Onphalos: Desde Janeiro de 2008.

Experiência: Falem um pouco das peças que estarão na Mostra. Como estão constituídas? Quantos atores fazem parte de cada uma delas? Contextualize cada uma, por favor.


Onphalos: O espetáculo do dia 05, “Tudo por um acaso”, é uma divertida comédia romântica que traz a estória de Clara e Belo, dois jovens que se connheceram por um grande engano e em consequÊncai disso muitas confusões irão rolar.


No dai 06, "Quem não ama não mata", uma estória que mistura romance drama, comédia e suspense levando o público a conhecer três casais que passam por problemas conjuguais.


No dia 07, "Funcionários explorados", uma comédia que critica atitudes de patrões e funcionários, levando em alguns momentos o público a se verem nos personagens.



Experiência: Digam para o público e todas as pessoas que acessam o Blog do Experiência o que eles devem esperar dessa, que promete ser uma das melhores Mostras já realizadas em Santarém.


Onphalos: O público com certeza irá dar boas rizadas, se surprender em alguns momentos e conhecer um pouco da história da Cia. de Artes Onphalos.
Fonte: Entrevista realizada com a Cia. no último dia 04/09/2008.

Homenagem ao Coordenador do G.T. Experiência

O Grupo de Teatro Experiência vem parabenizar o senhor Darlison (coordenador do G.T. Experiência) por mais essa conquista profissional que no dia 15 de agosto se formou em Gestão Ambiental na Amazônia pelo Instituto Esperança de Ensino Superior - IESPES, com Nota 9.7 na defesa do TAO. Parabéns Darlison e sucesso nessa nova empleitada como Gestor Ambiental, viva em defesa do meio ambiente como sempre fez. Estes são os sinceros votos da Família Experiência.

G.T. Experiência



Obrigado a todos vocês meus amigos, pois quero que sigam o em frente também conquistando os objetivos por etapas isso é muito bom que deus nosso senhor abençoe a todos nos e nos de motivação e coragem para estudar cada vez mais.

Darlison Gomes Nobre (Gringo)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Histórico do Teatro em Santarém

O TEATRO EM SANTARÉM



A Cultura Teatral em Santarém – se registra historicamente que, durante o ciclo áureo da Borracha na Amazônia, foi construído na cidade santarena, em 1896, o Teatro Victória. Foi mais de um ano de trabalho, tendo à frente um grupo de pessoas denominado “Clube Dramático”, composto por “alguns cidadãos importantes da localidade”, conforme afirma o Prof. Wildes Dias da Fonseca (1997).Alguns anos depois de inaugurado o Teatro Victória, o “Clube Dramático” encerrou suas atividades, entregando o Teatro à Intendência Municipal (Prefeitura), que passou então a chamar-se “Teatro Municipal Vitória”.As atividades no Teatro Vitória continuaram com grupos que vinham de Belém, do Sul do país, do estrangeiro, e ainda com os grupos amadores de Santarém, sempre de curta duração, como: “Grupo Cênico” (1914); “Grupo Cênico do Tapajós Futebol Clube” (1917); “Grupo Cênico Manuel Guimarães” (1925); “Grupo Cênico Ideal” (1935) e o “Grupo Cênico do Centro Recreativo”. Em 1936 um grupo de amadores encenou “Olho de Boto”; musical de Felisbelo Sussuarana e Wilson Fonseca, encenado pelo terra Firme em 1999.O Teatro Vitória passou por três restaurações sem sofrer agressões na sua linha arquitetônica original. Uma em 1917, outra em 1925, e mais outra em 1933. Em 1965 o Teatro necessitava de mais uma reforma, “e é quando o desfiguram por completo” (FONSECA, 1997) e o transformam em prédio para outras utilidades, menos para teatro. Hoje, ali funciona, a Secretaria Municipal de Educação.Nos anos 50 e 60 há um movimento teatral que se apóia nas escolas, conforme depoimento do artista plástico santareno Laurimar Leal. Dentre elas, podemos citar o Teatro do Colégio São Francisco, Colégio São Raimundo, Colégio Dom Amando e Colégio Santa Clara. Também havia alguns barracões, como o “Campo Feliz”, onde havia ensaios e apresentações de pássaros, bois, pastorinhas, comédias e “danças de pretos”.Na década de 60 foi construído o Teatro Cristo Rei, na Avenida Barão do Rio Branco, sendo desativado nos meados da década de 70. Nos anos 70 e início dos 80 havia o Grupo de Teatro Tapajós, formado por estudantes do Colégio Álvaro Adolfo da Silveira e outros jovens da cidade. Em 1974, foi construída a Casa da Cultura, local que até hoje é utilizado como casa de espetáculo para o teatro.A partir do final da Ditadura Militar (final dos anos 70 e início dos anos 80) e com o aparecimento dos movimentos popular, ecológico e sindical, surgiram também as manifestações culturais na área da música, da poesia e do teatro, ligados à Igreja Católica. Com suas apresentações faziam críticas sociais dentro dos seus espaços. E assim refloresceu o movimento cultural santareno.




O TEATRO SANTARENO CONTEMPORÂNEO




O movimento teatral santareno contemporâneo, podemos dizer, demarcamos a partir de 1985, após um grupo de jovens do Bairro do São Raimundo encenar a peça “Paixão e Morte de Jesus Cristo”, decidindo então fundar o “Grupo Teatral José de Anchieta”. Em 1988, iniciaram as atividades do “Grupo de Teatro Terra Firme”, constituído em 22 de dezembro de 1990. Entre os anos de 1989 e 1994, Laurimar Figueira, membro do grupo Terra Firme, e autor desta pesquisa, esteve visitando os grupos de teatro em formação. O primeiro visitado foi o grupo de teatro José de Anchieta – GRUTEJA, no bairro São Raimundo. O GRUTEJA, à época constituído como grupo, foi o primeiro grande parceiro do Terra Firme na articulação do movimento teatral santareno que deu origem à ATAS – Associação de Atores, Autores e Técnicos de Teatro Amador de Santarém. Nessa troca de experiências, membros do Terra Firme encenaram a tradicional peça do GRUTEJA “Paixão e Morte de Jesus Cristo”. O local dos ensaios se encerrava no convento São Raimundo, e as apresentações convergiam para a Praça Tiradentes – o padre Valdir Silveira se incumbia do trabalho de direção de cena. Destacamos também a presença dos atores Robson, Marco Aurélio, Raliene Pereira, Geovane Pimentel, Édson Luís, Vânia Rego, Carlos Miranda, Rosenira e Rosenilce Pires, Soledade Vidal, Ana Tereza, entre outros. Em 2004, parte dos jovens do GRUTEJA formaliza um novo grupo teatral, a Companhia José Dilon.O segundo grupo de teatro encampado se chama o Novos Cabanos, no bairro do Mapiri. As reuniões se realizavam na Igreja católica do bairro e logo no começo tinham o apoio do padre Valdir Silveira. A nossa insistência nas reuniões com os jovens do bairro resultou na formação do grupo. Dos jovens do bairro, destacamos: Domingos e Carlos Alves, Manuel Goudinho, Dárlison Nobre, Nadioblay, entre outros. Depois de um tempo de inatividade, alguns remanescentes do Novos Cabanos, em 2001, criaram o grupo Experiência.Outro grupo visitado foi o Acauã, no bairro da Liberdade. O local de encontro era o porão da Igreja católica do bairro. Apresentavam a peça da “Paixão de Cristo” na Semana Santa dentro da própria Igreja. Deste grupo se destacaram na ATAS: Rosinaldo Garcia, Eliriane dos Anjos, Donilce, Maria José, Marcos, Jader Gama, entre outros.Também a visita integra o Grupo de Teatro Chaplin Arte Moderna – GTACAM, no bairro do Santíssimo. Ali se destacaram Elizângela Dezincourt, Erly Braga, Naldo, Sebastião, além de outros. O GTACAM foi responsável pelo jornalzinho que a ATAS manteve por certo tempo, o “Vem Cá Vê”.Outra agremiação visitada, foi o Grupo de Teatro Aparecida – GRUTA, no bairro de Nossa Senhora Aparecida. Deste grupo são destaques os jovens que sempre marcavam presença nas assembléias da ATAS: Claudete Santa Brígida, Luciana, Lucinha, Luciene, Otávia, Silvert Gregório, Roney, entre outros. Na residência da Lucinha funcionou o primeiro escritório da ATAS.O Grupo de Teatro Chico Mendes, no bairro do Santarenzinho, foi articulado pela Leina Cristiane Sardinha e pelo padre José Boing, no ano de 1994. Também marcamos presença nas reuniões em que fomos convidados para levar a experiência dos grupos teatrais em formação na cidade. Além dos dois já citados, destacamos: Mário Luís, Dinês, Aulizandra, Josias Sampaio, Jander, Antonio Rodrigues, Francisco de Assis, Marcos Antonio, Ademir. Nessas visitas realizavam-se reuniões com jovens da comunidade. No compasso das conversas, foi se percebendo problemas comuns entre as agremiações teatrais: falta de apoio por parte do poder público; indiferença da população; desinteresse da imprensa e do empresariado; pouca ou nenhuma formação técnica ou teórica teatral.Os jovens do movimento teatral santareno, quase todos vindos da pastoral da Igreja católica, alguns tendo militado no movimento estudantil, outros em movimentos populares, ecológicos e sindicais, são pessoas com certa experiência e visão crítica. Esses jovens perceberam que, na arte, especificamente no Teatro, seria possível fazer um trabalho que, de forma pedagógica, despertasse a consciência crítica, tanto nas pessoas empenhadas a desenvolverem aptidões cênicas, quanto nas que se limitassem ao desfrute das peças. A preocupação das atividades dos grupos de teatro com a esfera popular ocorre de duas maneiras. Em primeira instância, as organizações teatrais dirigem-se aos bairros, aos núcleos comunitários, aos sindicatos, às associações e outros lugares onde o povo está. Em segunda instância, os estudos acerca do teatro e dos temas eleitos para representações correspondem às preocupações e às necessidades do povo. Os grupos utilizam tais estratégias sem embargo, embora sob forte influência da Igreja Católica, pois quase todos os grupos mantêm atividades pastorais. Por exemplo, dos grupos associados à ATAS, com exceção dos grupos de escola, somente o Terra Firme não fazia peça na Semana Santa ou outra data de festa da Igreja Católica, porque prioriza mais o mundo profano (da realidade, do social) do que a esfera do sagrado.Assim, de 15 a 22 de setembro de 1991, o Movimento Teatral Santareno promoveu I Mostra de Teatro Amador do Oeste Paraense. Avaliado o evento, constatou-se a necessidade deste projeto continuar a desenvolver o embrião dos grupos teatrais, agora de forma mais organizada.Para cumprir as metas, membros do Terra Firme e do grupo José de Anchieta – GRUTEJA – mobilizaram os demais grupos da época: Terra Firme, GRUTEJA, Seta (Colégio Dom Amando), Sete da Arte (Belém). Após a realização da I Mostra Teatral, articulou-se a comissão pró-ATAS, visando a criação da Associação de Teatro de Santarém. A comissão, à frente Laurimar Figueira (Terra Firme) e Marco Aurélio (GRUTEJA), realizou a II Mostra de Teatro de Santarém, de 13 a 20 de setembro de 1992.
No dia 07 de fevereiro de 1993, foi fundada a ATAS, tendo como presidente: Laurimar Figueira e vice-presidente Kauré, ambos do Terra Firme. A partir deste marco, a coordenação da ATAS passou a ser responsável pela realização das mostras teatrais de Santarém, desde então realizadas todos os anos. Até a 6ª edição, as mostra ocorreram no mês de setembro; a partir da 7ª as mostras passaram a ser realizadas no mês de outubro, convencionando-se este período como o “Mês do Teatro” santareno.



Texto: Laurimar Figueira


segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cia de Teatro José Dilon apresenta:

NINHO DE AMOR


"Ninho de Amor" é uma adaptação ao cenário paraense da peça "Por Causa de Rita", de Cirano Rosalém. O espetáculo é uma comédia que retrata o relacionamento do casal: Vitória Lins (Ingrid Duarte) e Carlos Eduardo (Alfredo dos Santos), cantores de brega que realizam shows noturnos.

A relação do casal ia muito bem até que Carlos Eduardo decide compor uma canção romântica para Vitória Lins. Ela, irritada com o conteúdo da canção, decide sair de casa, reaparecendo, meses depois, para interromper um show de Carlos Eduardo. No meio do show, e diante do público, o casal discute a relação, fazendo revelações de sua intimidade. Divertindo a platéia com muita música, flashbacks, trocas de figurino e performances engraçadas, "Ninho de Amor" demonstra que uma boa relação precisa se "vestir" de romantismo e carinho, mas ensina também que uma briguinha é um acessório básico.

O espetáculo estará em cartaz na Casa de Cultura nos dias 13, 20 e 27 de Julho de 2008 às 20h.

fonte: Cia de Teatro José Dilon

Espetáculos em Santarém

Macbeth

Maravilhoso, assustador, empolgante, de prender qualquer um em todas as cenas... Não poderia ser definido de outro jeito o Espetáculo Macbeth de William Shakespeare apresentado nos dias 27, 28 e 29 de Junho e reapresentado nos dias 4, 5 e 6 de Julho de 2008, no Casarão Tapajônico, pelos integrante das oficinas do Projeto Cena Interior.
O espetáculo a cima de tudo é envolvente, leva o público a participar diretamente de todas as cenas. Ainda não tinha sido apresentado em Santarém espetáculo tão real e dinâmico como este.


As Bondosas Mulheres Choradeiras

Outro espetáculo que estava em cartaz, mas na Casa de Cultura no final de semana nos dias 4, 5 e 6 de Julho era "As Bondosas Mulheres Choradeiras", este há muito se encontra rodando a cidade e a região norte. Ganhador de vários prêmios em Festivais nas Regiões Norte e Nordeste, como por exemplo, melhor espetáculo no Festival do Cariri no Ceará.
Conta a história de três senhoras carpideiras, que são pagas para chorar em velórios. É uma comédia nordestina que demonstra claramente, através do figurino e sotaque dos personagens, como são os habitantes daquela região.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Projeto “Cena Interior” apresenta:

de William Shakespeare

DATA: 27, 28 E 29/06/2008

3 SESSÕES POR NOITE: 1ª 20:00HS / 2ª 21:00 HS / 3º 22:00HS

LOCAL: CASARÃO TAPAJÔNICO

(Rua Siqueira Campos, 272, centro – próximo a loja Ideal Tecidos e Drogaria Planalto)

INGRESSOS: estão sendo trocados a partir das 15:00hs do dia 24.06.2008, no local de apresentação por 1kg de alimento não perecível.

CENSURA: 14 ANOS.

Macbeth de Shakespeare

Escrita num prodígio de economia, uma das peças mais curtas de Shakespeare, apoiado em relatos de guerras entre linhagens nobres da Inglaterra, Escócia e Irlanda, Macbeth é uma das tragédias mais sangrentas do autor, dos protagonistas só dois sobrevivem, é a tragédia por excelência da ambição humana.
A tragédia, passada na Escócia, conta a historia de Macbeth, um dos generais do rei Duncan, bem sucedido em sua luta com os rebeldes, recebe a visita de três bruxas, que predizem seu destino como futuro senhor de terras e rei da Inglaterra. Lady Macbeth, esposa do general, trama para a morte do rei para colocar seu esposo no lugar, Receoso, Macbeth hesita em tomar parte do plano de sua esposa, mas mata o rei com uma punhalada, durante o sono, com as mãos sujas de sangue, Macbeth reflete se fez certo ao tomar essa atitude.Após o assassinato do rei, Macbeth é coroado e vive momentos de gloria, porem, Macbeth teme Banquo, o outro general, que o rivaliza em astúcia e inteligência e para quem as bruxas predisseram que ele seria o futuro rei com sua linhagem, enquanto Macbeth não teria herdeiros reinando, para tanto, Macbeth então contrata dois assassinos para mata-lo, porem, o filho de Banquo, Fleance, escapa da morte. Macbeth começa a ser assombrado então pelo fantasma de Banquo, que o leva a ter acessos de loucura, começam então, por parte dos nobres, as intrigas para depor Macbeth.Em visita as bruxas, Macbeth recebe conselhos de aparições que prenunciam a intenção de Macduff tomar o trono e também a linhagem de Banquo.Malcolm, filho do antigo rei e Macduff, se encontram então na Inglaterra e pedem ajuda ao rei para depor Macbeth, para isso contam com Siward e mais dez mil homens, emprestados pelo rei da Inglaterra.Na Escócia, Lady Macbeth enlouquece e começa a limpar as mãos sem parar, para se livrar do sangue que a atormenta e começa dizer palavras desconexas.Aproxima-se a batalha e Macbeth, enlouquecido, procura dar sentido as palavras ditas pelas bruxas, Lady Macbeth morre em seu quarto, e o exercito inglês se aproxima com ramos de arvores na mão, confirmando a profecia que um dia o bosque viria ao castelo, findo o combate, Macbeth é morto e restam somente Malcolm, Ross, Macduff e outros soldados, coroando-se então Malcolm como novo rei.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Doutores da Alegria: A verdadeira história

Em 1986, Michael Christensen, um palhaço americano, diretor do Big Apple Circus de Nova Iorque, apresentava-se numa comemoração num hospital daquela cidade, quando pediu para visitar as crianças internadas que não puderam participar do evento. Improvisando, substituiu as imagens da internação por outras alegres e engraçadas. Essa foi a semente da Clown Care Unit™, grupo de artistas especialmente treinados para levar alegria a crianças internadas em hospitais de Nova Iorque. Em 1988 Wellington Nogueira passou a integrar a trupe americana. Voltando ao Brasil, em 1991, resolveu tentar aqui um projeto parecido, enquanto ex-colegas faziam o mesmo na França (Le Rire Medecin) e Alemanha (Die Klown Doktoren). Os preparativos deram um trabalho danado, mas valeu: em setembro daquele ano, numa luminosa iniciativa do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo (hoje Hospital da Criança), teve início nosso programa.Informações técnicas.

Nossa missão é ser uma organização proeminentemente dedicada a levar alegria a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da arte do palhaço, nutrindo esta forma de expressão como meio de enriquecimento da experiência humana. Somos uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que realiza cerca de 50 mil visitas por ano a crianças internadas em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.IndicaçõesTraumas ligados à hospitalização infantil: perda de controle sobre o corpo e a vida; atitudes negativas em relação às doenças e à recuperação. Contra-indicaçõesNão há. PosologiaA besteirologia deve ser aplicada diariamente até que o paciente não saiba mais como ficar triste. É remédio para a vida toda.

Fonte: http://www.doutoresdaalegria.org.br/

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DE TEATRO

ABRAÇADEIRA: Peça de metal em vários modelos para fixação ou conexão de elementos e peças. Utilizados na amarração de varas e outros equipamentos cenográficos.

ACÚSTICA: A qualidade da sala de espetáculos no que diz respeito a transmissão do som. Problemas acústicos geralmente são complexos em sua natureza e muito dinheiro e horas de trabalho podem ser economizados com a consulta de um engenheiro ou arquiteto especializado desde o início do processo de projeto de um teatro.

ADERECISTA: Profissional que executa as peças decorativas e/ou os adereços cênicos do espetáculo. Faz escultura, entalhe, molde em gesso, bonecos etc.

ADEREÇOS: Acessórios cênicos de indumentária ou decoração de cenários. "O espetáculo não tinha uma cenografia implantada, era todo feito à base de adereços que entravam e saiam de cena a todo momento". Objetos de cena.

ALABAÇA: Pedaço de madeira com cerca de 1m, usado para fazer a emenda de duas partes de um longo sarrafo. Pode ser também a emenda de uma vara, uma americana ou um elemento cênico.

ALÇAPÃO: Abertura do chão do palco, dissimulada aos olhos dos espectadores, para encenar efeitos de aparição e desaparição de atores ou objetos cênicos.

ALDRAVA: Tranqueta de metal com que se fecha a porta, com dispositivo que permite abrir e fechar por fora. Um tipo de tranca ou fechadura.

AFINAÇÃO: Na cenotécnica é o ajuste das varas ou peças de vestimenta cênica para nivelamento de suas alturas e distâncias, geralmente efetuado através da correção do comprimento de cordas ou cabos de aço, esticadores e alinhamento de cadarços ou barras.

AMARRAÇÃO: É a fixação final do cenário. Depois de o cenário estar de pé, colocado no lugar, faz-se a amarração, usando-se pedaços de sarrafo, esquadros, mãos francesas etc., para que o cenário não balance. Mais comum em cenários de gabinete.

AMERICANA: Estrutura geralmente de madeira, feita em forma de treliça, onde se penduram cenários ou cortinas. Normalmente ela tem um comprimento longo e uma largura aproximada de 30cm. Corresponde a uma vara, só que estruturada para receber mais peso ou vencer grandes vãos.

APONTAR: Aponta-se um prego quando ele não é enterrado até o fim. O prego fica com a cabeça uns 5mm para fora, facilitando a sua retirada quando necessário. Muito usado quando o cenário ainda não está fixado, ou quando tem-se que montar e desmontar o cenário muitas vezes por semana.

ARARA: Uma estrutura feita em madeira ou metal, onde se colocam os cabides com os figurinos do espetáculo. Normalmente ficam nos camarins ou nas coxias do palco. Geralmente é feita com dois pés laterais ligados no alto por um cano ou madeira arredondada.

ARENA: Área central de forma circular, onde acontecem espetáculos teatrais. Palco do teatro grego. Área central coberta de areia, nos antigos circos romanos. Arena (picadeiro): o espaço central do circo onde se exibem os artistas da companhia.

ARQUIBANCADA: Estrutura onde são fixados assentos simples ou bancos para o público. Geralmente utilizadas em espaços alternativos e salas multi-uso.

ARQUIBANCADA RETRÁTIL: Estrutura telescópica com assentos e encostos dobráveis, que pode ser recolhida até atingir a profundidade de uma fileira. Utilizada para organizar as tipologias cênicas de uma sala multi-uso ou teatro black-box.

ARQUITETURA CÊNICA: Estruturação e organização espacial interna do edifício teatral, relacionando diversas áreas como cenotécnica, iluminação cênica e relação palco-platéia. É toda arquitetura que se relaciona mais diretamente com o espetáculo.

ASSOALHO: Pavimento de madeira que forma o piso do palco. O piso do palco de teatro deve ser executado em madeira por alguns importantes motivos: facilidade de implantação (fixação) do cenário, som, e estabilidade dos atores. A madeira mais indicada para sua execução é o freijó, geralmente montado em pranchas com encaixe macho-fêmea.

AUDITÓRIO: Edifício projetado e equipado para atender à realização de conferência ou eventos que não envolvam maquinaria cênica. Devem ser atendidas necessidades básicas de som e luz de acordo com os requisitos específicos.

BALCÕES: Níveis de assento para o público localizados acima da platéia. Geralmente são dispostos no fundo da sala. Podem avançar pelas paredes laterais até a boca de cena, arranjo que é muito encontrado em teatros do tipo ferradura.

BAMBOLINA: Faixa de pano, normalmente preta, que, seguida de uma série de outras situadas no interior da caixa cênica de um palco italiano, se une aos bastidores ou pernas, para completar o contorno do espaço cênico (mascaramento da cena). São as bambolinas que fazem o acabamento na parte superior do palco, não permitindo que sejam visíveis para a platéia as varas de luz e demais equipamentos.

BAMBOLINA MESTRA: Equivalente à primeira bambolina do palco, é utilizada quando não é necessária ou possível a instalação de um regulador horizontal junto à boca de cena. Equivalente a um bastidor horizontal e pode ser executada em tecido como as demais bambolinas, mas geralmente é uma peça rígida.

BASTIDOR: Armação feita de madeira, forrada de tecido, que pode ser disposta nas partes laterais do palco para estabelecer, junto com as bambolinas, a especialidade desejada para o palco. Podem substituir as pernas ou formar com elas um conjunto para a definição das coxias. As vezes o bastidor também é usado como peça de cenografia, nas composições de fundo ou paredes de cenários.

BILHETERIA: Lugar do teatro onde se vendem, trocam ou reservam ingressos para os espectadores.

BOCA DE CENA: Abertura frontal do palco que delimita horizontal e verticalmente o espaço visual da cena. Recorte na parede frontal do palco, pode ser variada através do uso de reguladores verticais e horizontais.

BIOMBO: Conjunto de dois ou mais painéis/tapadeiras montados em ângulo, autoportantes.

BONECO: Figura de trapo, louça, madeira, plástico, papier-machet etc., que imita um ser humano. Muito usado em teatro como adereço cênico. Termo também usado para significar o modelo de um programa ou cartaz.

BONECO DE VARA: Boneco montado em varas, para permitir movimentos. Espécie de fantoche.

BORBOLETA: Tipo de porca com duas aletas, com aperto manual, usado em conjunto com parafusos passantes de rosca. Facilita a montagem e desmontagem de peças do cenário.

CABINE DE CONTROLE: Sala geralmente localizada ao fundo da platéia, onde são instalados os equipamentos para controle dos sistemas de controle dos equipamentos cenotécnicos, de iluminação cênica e sonorização.

CAIXA CÊNICA: Volume do palco. A caixa onde se situam todas as estruturas do palco e os maquinismos cênicos.

CAMAREIRA: Encarrega-se da conservação das peças de vestuário utilizadas no espetáculo, limpando-as, providenciando a sua lavagem. Auxilia os atores e figurantes a vestirem as indumentárias cênicas, organiza o guarda-roupa e embalagem dos figurinos em caso de viagem.

CAMARIM: Recinto da caixa dos teatros onde os atores se vestem e se maquiam.

CAMBOTA: Um painel de madeira em forma curva, usado muitas vezes para fazer as partes curvas do ciclorama ou um canto de parede.

CANTONEIRA: Peça em madeira ou perfil metálico em forma de L para reforçar quinas ou ajustar cantos de peças de cenários.

CARPINTEIRO TEATRAL: Profissional que executa peças cenográficas: portas, janelas, mobiliário, sanefas e demais objetos projetados pelo cenógrafo.

CARRETILHA: Pequena roldana, em ferro, usada com cordas para facilitar a subida ou decida de elementos cênicos.

CATA-CABO: Uma peça geralmente de ferro, usada em palcos giratórios. Essas peças são fixadas em toda a volta da estrutura do giratório e servem para manter o cabo de aço preso para puxar a estrutura quando ela roda. Geralmente é uma cava ou uma ferragem em forma de ‘U’. Também existem as caixas de catacabos (elétricos), que normalmente se situam nas varas de luz e recebem o cabo de alimentação de força quando ela é levantada.

CENÁRIO: Conjunto dos diversos materiais e efeitos cênicos(telões, bambolinas, bastidores, móveis, adereços, efeitos luminosos, projeções etc.) que serve para criar a realidade visual ou a atmosfera dos espaços onde decorre a ação dramática; cena, dispositivo cênico.

CENÁRIO DE GABINETE: Nome dado geralmente a cenários realistas que possuem três ou mais paredes e reproduzem quase sempre um interior de casa ou apartamento.

CENARISTA: O mesmo que cenógrafo.

CENOGRAFIA: Arte e técnica de criar, projetar e dirigir a execução de cenários para espetáculos de teatro, de cinema, de televisão, de shows etc.

CENÓGRAFO: Aquele que faz cenários, idealiza o espaço cênico. Cria, desenha, acompanha e orienta' a montagem do projeto cenográfico.

CENOTÉCNICO: Aquele que domina a técnica de executar e fazer funcionar cenários e demais dispositivos cênicos para espetáculos teatrais.

CICLORAMA: Grande tela semicircular, geralmente em cor clara, situada no fundo da cena e sobre a qual se lançam as tonalidades luminosas de céu ou de infinito, que se deseja obter. Nele também podem ser projetados diapositivos ou filmes que se desenvolvem alternada ou paralelamente à ação física dos atores. Ciclorama ou infinito, fundo infinito, cúpula de horizonte. Hoje, mais usual em televisão que em teatro, e muito utilizado em ópera.

COMER GATO: Termo usado pelos pintores de cenário, quando alguma pequena área é esquecida de pintar e fica visível ao público. Diz-se que o pintor 'comeu um gato'. A pintura precisa de um retoque.

CONTRA-PESO: Sistema usado em teatro para aliviar o peso das varas que prendem cenários, cortinas, pernas ou bambolinas. "Estava fácil subir e descer as varas: elas estavam contra-pesadas".

CONTRA-REGRA: Elemento encarregado de cuidar dos cenários e objetos de cena, indicar as entradas e saídas dos atores, dirigir as movimentações dos maquinismos cênicos, distribuir horários e informes.

CORDAS DE MANOBRA: Cordas usadas para montar a manobra que movimenta um cenário. Em geral são em número de 5, que prendem uma vara ou gambiarra ou americana.

CORDA COMPRIDA: Nome dado à corda mais distante de onde estão sendo puxadas as manobras.

CORDA CURTA: Nome dado à corda mais próxima do lugar onde estão sendo puxadas as manobras.

CORDA DO MEIO: Nome dado à corda que fica bem no meio da vara ou gambiarra.

CORDA MEIO COMPRIDA: Nome dado à corda que fica entre a comprida e a do meio.

CORDA MEIO CURTA: Nome dado à corda que fica entre a curta e a do meio.

CORTINA: Peça, geralmente em tecido, que resguarda o palco. Abre e fecha lateralmente, ou sobe e desce por mecanismo apropriado. Também chamada em teatro de ‘pano-de-boca’.

CORTINA ALEMÃ: Cortina teatral inteiriça, atada na parte superior a uma barra horizontal móvel, e que se eleva verticalmente para abrir a cena.

CORTINA A POLICHILENO: Cortina teatral, inteiriça, com um tubo na extremidade inferior, e que se abre ao ser levantada por duas cordas que a enrolam de baixo para cima.

CORTINA CORTA FOGO: Cortina confeccionada em tecido anti-chamas para proteção contra incêndios. Uma variação desse equipamento é a ‘porta corta fogo’, elaborada em material rígido com os mesmos propósitos.

CORTINA DE BOCA: Cortina de boca de cena que caracteristicamente se movimenta nos sentidos laterais, fechando ou abrindo nas mudanças de atos, encerramentos ou aberturas das sessões.

CORTINA DE MANOBRA: Cortina leve, situada atrás do pano de boca e que é baixada quando uma troca rápida de cenário deve ocorrer sem interromper o espetáculo ou quando os atores, nas cenas de ligação, passam a representar no proscênio, diante dela.

CORTINA RÁPIDA: Abertura ou fechamento súbito do pano-de-boca para a obtenção de determinados efeitos cênicos. Pano rápido.

COXIA: Nos palcos de teatro, espaço situado atrás dos bastidores. Pode ser ainda um assento móvel, normalmente com dobradiças, usado quando as poltronas normais já estão ocupadas. Uma espécie de cadeira improvisada.

CUBO: Denominação, característica de teatro e televisão, dada a um praticável de lados iguais, totalmente fechado.

CUTELO: Pregar um sarrafo ‘de cutelo' é pregá-lo de pé, no sentido da sua grossura. O sarrafo pode ser utilizado deitado ou de cutelo.

DISCO GIRATÓRIO: Elemento que possibilita a ampliação de possibilidades cênicas. Trata-se de um trecho de piso em forma de disco apoiado sobre o palco ou embutido nele (quando então é chamado de palco giratório). Pode constituir-se de um único, grande, ou de dois ou três menores. Não se aplica a qualquer projeto cenográfico. É próprio para espetáculos com muitas mudanças de cena.

DIMMERS: Equipamento chave do sistema de iluminação cênica que possibilita o controle da intensidade de funcionamento dos refletores e seu acender e apagar, através da ligação de uma mesa de comando de iluminação cênica.

EDIFÍCIO TEATRAL: A arquitetura do teatro na sua totalidade: palco, platéia, administração, saguão de entrada etc. Edifício construído especialmente para que existam condições ideais na encenação de peças, musicais, óperas etc.

ELEVADORES: Divisões do piso do palco com movimentação para cima e para baixo. Pode alcançar toda a largura ou comprimento do palco, ou apenas parte deles; podem ser movimentadas juntas ou separadamente, sempre com espaços certos de parada, formando degraus acima ou abaixo do nível normal do palco. O controle pode ser manual, elétrico, hidráulico etc. Existem elevadores que, além de subir e descer, possibilitam inclinação e montagem de rampas. Trata-se de mecanismo próprio dos palcos dos grandes teatros.

ESCADA: Elemento usado normalmente em composições de cenário, aparecendo ou não em cena. Quando não visível pelo público, chama-se ‘escada de fuga’. É usada como instrumento de montagem.

ESCADA DE CORDA: Também chamada de ‘escada de circo’. Normalmente duas cordas laterais que fixam os degraus em madeira. As vezes uma corda única cheia de nós, por onde sobem ou descem os atores.

ESCADA DE MARINHEIRO: Escada vertical aplicada diretamente sobre a parede, com ou sem proteção. Muito comuns em teatros mais antigos, não é recomendada para projetos novos, por questões de segurança.

ESCORAS: Todo tipo de armação para sustentar ou amarrar um elemento cenográfico: esquadros, cantoneiras, sarrafos, mãos francesas etc.

ESPAÇO CÊNICO: Espaço onde se dá a cena. Em teatros tradicionais coincide com o palco; em espaços alternativos pode chegar a abranger toda a sala.

ESQUADRO: Peça em madeira ou metal, própria para fixação de tapadeiras ou painéis. Um L em ângulo reto, onde se fixa o lado maior da tapadeira e o lado menor no piso, com pregos ou simplesmente com peso.

FANTOCHE: Boneco, geralmente feito de tecido e papier-machet, em cujo corpo, formado pela roupa, o operador esconde a mão, que movimenta por meio do dedo indicador a cabeça, e com o polegar e o médio, os braços.

FIGURINO: Vestimenta utilizada pelos atores para caracterização de seus personagens de acordo com sua natureza, e identifica, geralmente, a época e o local da ação. Traje de cena.

FIGURINISTA: Aquele que cria, orienta e acompanha a feitura dos trajes para um espetáculo teatral. Deve possuir conhecimentos básicos de desenho, moda, estilo e costura.

FOSSO DE PALCO: Espaço localizado sob o palco, acessível por meio das aberturas das quarteladas e alçapões, onde são instalados elevadores, escadas e outros equipamentos para efeitos de fuga ou aparição em cena.

FOSSO DE ORQUESTRA: Espaço localizado à frente do palco, em nível mais baixo, destinado ao posicionamento da orquestra. Muito comum em teatros que abrigam óperas ou grandes musicais. Poucos teatros brasileiros o possuem.

FORRO ACÚSTICO: Nos teatros, os forros da platéia geralmente devem possuir propriedades acústicas apropriadas para a difusão e reflexão do som com o uso da sala em espetáculos musicais e de voz falada. Sua geometria e materiais componentes devem ser cuidadosamente calculados e especificados.

FOYER: Em um edifício teatral, recinto adjacente à sala de espetáculos, para a reunião do público antes, depois ou nos intervalos do espetáculo.

FRISAS: Em um teatro italiano com forma de ferradura (como geralmente são os grandes teatros dos séculos XVIII e XIX), série de camarotes situados junto às paredes de contorno da sala, no nível da platéia.

FUGA: Espaço destinado as saídas de cena dos atores, muitas vezes por detrás de uma perna ou rotunda, ou mesmo por rampas e escadas em pontos não visíveis pelo público.

FUMAÇA: Em teatro, deve-se utilizar fumaça produzida a partir de produtos químicos inodoros, não tóxicos ou prejudiciais aos atores e público, que não manche o cenários ou figurinos. Geralmente é produzida fumaça no palco a partir do processamento de fluidos especiais em máquinas específicas para esse fim, chamadas de ‘máquinas de fumaça’. A fumaça é utilizada para se obter efeitos cênicos, tanto por parte da cenografia quanto da iluminação cênica.

FUNDO NEUTRO: Nome dado ao pano de fundo, à rotunda, ou mesmo ao ciclorama, quando esses não têm nenhuma interferência de desenho ou elemento cênico. Normalmente, possui uma cor única: branca, preta ou cinza.

GAMBIARRA: Vara de refletores e/ou luzes brancas ou de cores variadas, situadas uma ao lado das outras, ou na face interior da boca de cena, acima do arco do proscênio, ou no teto da platéia, a alguns metros de distância do palco, para iluminar a cena. Termo utilizado também para designar instalações improvisadas de cenotécnica ou iluminação cênica.

GALERIA: Nível localizado acima dos balcões, com assentos contínuos para os espectadores. Acompanha as paredes laterais e de fundo da sala de espetáculos.

GALHARUFA: Termo usado em tom de brincadeira jocosa, comum no meio teatral. O profissional veterano revela ao iniciante que a sua bem-aventurança no teatro depende de uma galharufa, uma espécie de apadrinhamento. Espécie de trote.

GANCHOS: São usados nos cenários, às vezes até improvisados, para pendurarem-se elementos cênicos, cordas, roupas etc.

GARRA: Peça com várias opções de formato para fixação de refletores e outros equipamentos às varas de cenografia e iluminação cênica.

GELATINA: Folha de material transparente, geralmente de poliester ou policarbonato, posicionada em frente aos refletores para colorir ou filtrar luzes. Encontram-se disponíveis no mercado gelatinas de inúmeras cores, em diversos tons. Fundamental quando se deseja utilizar cor para desenhar a cenografia.

GOBO: Disco em metal ou vidro utilizado para a projeção de efeitos luminosos, principalmente em refletores elipsoidais. Utilizados para mascaramento do feixe de luz. São encontrados em diversos padrões. Os gobos em vidro podem ser coloridos. Fundamental quando se deseja utilizar cor para desenhar a cenografia.

GORNE: Um tipo de polia em madeira, geralmente um grande carretel, por onde passam as cordas para suspender ou abaixar elementos cênicos. Equipamento geralmente encontrado em teatros mais antigos ou em manobras manuais improvisadas.

GORNE DE CABEÇA: Um gorne em tamanho maior e mais largo que o comum, de modo que possa receber todas as cordas que vêm dos outros gornes. Geralmente é instalado numa das extremidades do urdimento, de onde as cordas são puxadas.

GRAMPO: Em teatro é utilizado para fixação de tecidos, papéis e emborrachados em painéis, sarrafos e tapadeiras. Utiliza-se para isso um grampeador especial.

GRAMPO ROSEIRA: Tipo de prego em forma de ‘u’ utilizado para fixação de cantos das tapadeiras e outros encaixes coplanares.

GRELHA: Uma espécie de segundo urdimento, situado um pouco abaixo do urdimento normal do palco. Quase não existe no Brasil. Muito comum nos grandes palcos europeus equipados para grandes óperas. O termo é utilizado também para denominar urdimentos simplificados, sem acesso superior.

GROSSURA: Em cenografia, a dimensão da espessura, em grande parte das vezes, das paredes. Grossura é quase sempre ilusória. Grossura da parede, da porta, do vão, do arco etc. Quase sempre em madeira ou tecido armado.

GUINCHO: Máquina constituída por um ou mais tambores presos a um eixo horizontal. Pode ser movimentado manualmente ou através de energia elétrica, servindo para movimentar varas e outros equipamentos.

ILHÓS: Orifícios geralmente guarnecidos de aro metálico por onde se enfia uma fita ou cordão. Utilizado na confecção de figurinos e, em cenotécnica, para passagem dos cadarços de amarração de telões, cortinas e outras peças de vestimenta cênica.

ILUMINADOR: Aquele que “faz a luz” para um espetáculo de teatro. Diferente do eletricista. O iluminador cria efeitos de luz, próprios e necessários à atmosfera do espetáculo, determina as cores, intensidades, afinação e sequência de acendimento dos refletores, além de geralmente programar a mesa de controle. Muitas vezes, o iluminador trabalha próximo do cenógrafo.

ILUMINAÇÃO CÊNICA: Conjunto de equipamentos e técnicas que compõem o sistema de iluminação de uma sala de espetáculos, composta por varas, tomadas, refletores, equipamentos de comando etc.

LAMBREQUIM: Uma espécie de bandô, que dá acabamento na cortina da boca-de-cena. Geralmente franzida e colocada na parte superior a frente do pano de boca. Pode ser trabalhada ou lisa.LINÓLEO: tapete de borracha especial colocado como forração do piso do palco, com função de proteção e/ou acabamento; também utilizado para amortecer o impacto dos movimentos, sendo muito utilizado em espetáculos de dança.

LONGARINA: Uma espécie de americana ou poléia, mais comprida e mais estreita (na largura). São sempre colocadas no sentido longitudinal da estrutura. Um pontalete ou viga podem fazer o papel de uma longarina.

LUZ DE SERVIÇO: Luz que é usada quando se está montando um cenário ou trabalhando no palco fora do horário de espetáculo.

MACACO DE ROSCA: Elemento para sustentar plataformas e o piso do palco, sendo utilizado para regulagem de altura das quarteladas e para permitir a abertura do fosso.

MACHO E FÊMEA: Tipo de união de peças de madeira. Geralmente, os pisos de palco são construídos utilizando-se esse sistema.

MALAGUETA: Cada uma das pequenas varas de madeira ou de ferro chanfrado nas extremidades, dispostas em série contínua nas traves da varanda, nas quais se amarram as cordas que sustentam os cenários do urdimento.

MANOBRA: Conjunto de cordas ou cabos de aço que pendem do urdimento, onde se fixam as varas de cenário. O número de cordas ou cabos de aço em cada manobra varia de acordo com o tamanho e peso do cenário a ser suspenso, podendo chegar até sete cordas. Seu controle é manual ou elétrico.

MÃO FRANCESA: Estrutura triangular, de madeira ou metal usado como recurso para sustentação de elementos cenográficos ou cenotécnicos.

MAQUETE: Também maqueta. Em teatro, é o cenário numa escala reduzida, tal qual vai aparecer no palco quando da encenação. Muito útil para a visualização do projeto e para as marcações que serão feitas pelo diretor.

MAQUIADOR: Aquele que faz o trabalho de caracterização dos personagens de um espetáculo teatral, segundo um texto e a concepção dada pelo diretor. Essa caracterização, facial na maioria das vezes, deve acompanhar a linha da indumentária e da cenografia. O maquiador deve manter contato com o diretor, o cenógrafo, figurinista e com os atores.

MAQUINISTA: Profissional encarregado da manipulação dos maquinismos de um teatro. Profissional que monta cenários.

MAQUINISTA DE VARANDA: Profissional encarregado do controle das manobras e demais equipamentos do urdimento. Seu trabalho é geralmente executado da varanda.

MAQUINÁRIA: Toda a estrutura dos maquinismos cênicos de palco de teatro. Varas manuais, contrapesadas ou elétricas, elevadores, alçapões, quarteladas, manobras, pontes etc.

MÁSCARA: Reprodução, estilizada ou não, do rosto humano ou animal, esculpido ou montada em argila, cortiça, isopor, massas diversas etc., guarnecida de texturas, cores e outros elementos, com que os atores cobrem o rosto ou parte dele na caracterização de seu personagem. As vezes é usada como elemento de cena. É também a expressão fisionômica do ator, a qual reflete o estado emocional do personagem que ele interpreta.

MOLINETE: Elemento de uso manual com caixa, base, gorne, eixo e manivela. Utilizado para o movimento de varas de luz, cortinas, palcos, elementos giratórios etc.

MONTA-CARGAS: Um tipo de elevador, grande e aberto, usado sempre em grandes teatros para transporte de cenários, geralmente do subsolo/fosso até o palco. Tipo de elevador usado na construção civil.NÔ: Entrelaçamento feito no meio ou na extremidade de uma ou mais cordas. Há diversas maneiras de se fazer um nó. Há também diversos ‘macetes’ conhecidos pelos cenotécnicos que facilitam o desatamento de nós muitos rígidos.

NAVEGANTE: Prego fixado em ângulo diagonal na peça, nos casos em que não se tem acesso com o martelo para pregar-se perpendicularmente.

ORELHA: Peça fixada em dois trainéis de forma alternada, para uso da corda de atacar em mudanças rápidas. As orelhas são utilizadas para amarração de um painel ao outro.

PALCO: Em teatro é o espaço destinado às representações; em geral são tablados ou estrados de madeira que podem ser fixos, giratórios ou transportáveis. Os palcos assumem as mais variadas formas e localizações em função da platéia, que pode situar-se à frente dele ou circundá-lo por dois ou mais lados.

PALCO ALTO: Palco com altura acima do normal (a média é 90cm) em que o espectador, sentado, tem o ângulo de visão prejudicado. Normalmente as primeiras fileiras são as mais afetadas.

PALCO BAIXO: Palco com altura abaixo do normal em que o espectador, sentado, tem o ângulo de visão em declive.

PALCO ELISABETANO: Também chamado de Palco Isabelino, é aquele que tem o proscênio prolongado, com um segundo plano (muitas vezes coberto) onde existem algumas aberturas, tais como janelas. Apareceu na Inglaterra no período de Shakespeare, por isso também é chamado de Palco à Inglesa.

PALCO GIRATÓRIO: Palco cujo madeiramento não é fixo, mas sim movido por mecanismos que permitem inúmeros e rápidos movimentos de cenários e vários outros movimentos cênicos. Palco raro no Brasil.

PALCO ITALIANO: Palco retangular, em forma de caixa aberta na parte anterior, situado frontalmente em relação à platéia, provido de moldura (boca-de-cena) e, geralmente, de bastidores laterais, bambolinas e cortina ou pano-de-boca, além de um espaço à frente da boca de cena, chamado de proscênio. É o mais conhecido e utilizado dos palcos existentes no Brasil.

PANO-DE-FUNDO: Sinônimo de rotunda. Às vezes pode ser um outro pano, à frente da rotunda do palco.

PANO-DE-BOCA: O mesmo que cortina de boca, geralmente movimentado no sentido vertical. Está situado logo atrás da boca-de-cena.

PASSARELA: Em teatro, são geralmente construídas em estrutura metálica e posicionadas próximas do forro da platéia, para acesso de equipamentos e varas de iluminação (manutenção e afinação de refletores). Em teatros de tipo multiuso e black-box possuem funções cenotécnicas e freqüentemente são aparentes.

PERNA: Denominação comum dada ao bastidor que não é estruturado. Trata-se de um pano solto, desde acima da boca de cena até o chão, para demarcar lateralmente o espaço cênico. Evita vazamentos de cena. Serve, às vezes, para regular a abertura de boca do palco.

PERSPECTIVA: Representação gráfica de objetos sobre uma superfície, geralmente plana, de forma a obter deles uma visão global mais ou menos próxima da visão real. Em teatro, representação muito usada pelos cenógrafos no projeto de cenografia de um espetáculo. No palco, era muito usada como cenografia, na pintura de telões ou fundos em épocas anteriores. Pintura normalmente feita pelo pintor de arte.

PESO: Objeto sólido, de ferro ou concreto, usado para fixação de cenários em alguns casos especiais. O peso também é usado para fazer a contrapesagem dos cenários.

PINTURA: Revestimento das superfícies dos cenários ou elementos de cena nas mais variadas formas, cores e texturas, também chamada pintura de liso.

PINTURA DE ARTE: É o tratamento da superfície: os efeitos dados para criar a atmosfera do cenário. Também é feitura de quadros, filetes, paisagens etc. O pintor de telão é considerado um pintor de arte.

PIZZA: Denominação, característica de teatro e televisão, dada a um praticável de forma circular, diferenciado do queijo por ter grande diâmetro e pequena altura.

PLANTA BAIXA: Em teatro, desenho que representa todas as particularidades de um projeto cenográfico, representadas numa superfície horizontal, localizando o cenário segundo o palco em que será implantado.

PLATÉIA: Até o início desse século era, na grande maioria dos edifícios teatrais, o pavimento entre a orquestra ou o palco e os camarotes. Nos teatros de hoje, é a parte destinada a receber o público, que se acomoda em poltronas, cadeiras, bancos ou arquibancadas.

POLEA: Parte transversal da estrutura de um praticável que junto com as americanas formam a base daquele. Tipo de treliça, geralmente em madeira, para apoio de pisos.

POLIA: Tipo de roldana utilizada para guiar os cabos de suspensão de uma vara (de luz ou cenografia) e outros equipamentos cenotécnicos. Existem vários tipos de polias, tais como polia de base, polia de cabeça, polia de urdimento etc.

PONTE: Passarela localizada no interior do palco, dividindo a caixa cênica no sentido paralelo à boca de cena.

PORÃO: Parte da caixa cênica situada abaixo do palco, para movimentação de maquinaria cênica ou como recurso cenográfico.

PRATICÁVEL: Estrutura, usualmente em madeira, com tampo firme, usada nas composições dos níveis dos cenários. É construído em diversas dimensões e formatos e é normalmente modulado para facilitar as composições.

PROSCÊNIO: A frente do palco. Um avanço, normalmente em curva, que se projeta para a platéia. Algumas vezes é móvel, definindo o fosso de orquestra quando abaixado.

QUARTELADA: Divisão do piso do palco em pranchas que podem ser removidas manual ou mecanicamente. Internacionalmente são moduladas em 2,00m X 1,00m, e sua colocação no palco é com a face maior paralela à boca-de-cena.

QUEIJO: Denominação usada em teatro e televisão, dada a um praticável de forma circular.

RAMPA: Praticável em desnível.

RECORTES: São feitos em chapas de compensado, papelão, duratex e outros materiais, estruturados ou não. Podem ser apoiados no piso do palco, presos em esquadros ou pendurados por tirantes.

REFLETORES: Equipamentos para iluminação cênica, montados em varas, tripés ou posicionados no chão. Existem diversos tipos de refletores. Cada um serve a um propósito específico e apresenta características diferenciadas de facho, intensidade, definição de borda e alcance. Exemplos: PC, Fresnel, Elipsoidal, Par etc.

REGULADOR HORIZONTAL: Uma espécie de bambolina rígida que regula a boca de cena no sentido de sua altura. Localizada junto à boca de cena, geralmente suspensa por cabos de aço. O movimento de subir e descer define a altura da boca de cena.

REGULADORES VERTICAIS: São dois bastidores móveis, geralmente correndo em trilhos, logo atrás da boca de cena. A movimentação lateral dos bastidores define a largura da boca de cena.

RIBALTA: parte anterior do proscênio, limite do palco e platéia. Luzes da ribalta são aquelas dispostas nessa área ocultas do público por um anteparo horizontal.

RODA MALUCA: Rodízio de metal e fibra ou borracha que gira em torno do seu eixo. Utilizada em praticáveis e elementos cênicos, permitindo mudança de direção para quaisquer lados.

RODÍZIO: Elemento composto de roda e placa de aço, utilizado na construção de carros cênicos.

ROLDANA: Polia de metal para cabos de aço. Recurso básico para as manobras.

ROMPIMENTO: Conjunto de pernas e bambolinas que mascara a cena, evitando vazamento das coxias e definindo a caixa preta em um palco italiano.

ROTUNDA: Pano de fundo, normalmente feito em flanela, feltro ou veludo, usualmente em linha reta, ao fundo do palco, delimitando o espaço cênico em sua profundidade.

RUA: Espaços transversais do piso do palco, contínuos a partir da linha da cortina. Espaço entre pernas, formando corredores. Também o talho, que é a distância entre duas longarinas da grelha.

SACO DE AREIA: Bolsa de tecido usada como contra-peso. Também pode ser carregada com outros materiais.

SAIA: Arremate, sempre em tecido, de algumas cortinas, carros ou praticáveis, de acordo com a estética adotada. Às vezes utiliza-se tecido grampeado, formando uma saia na altura do palco.

SANDUÍCHE: Dois pedaços de madeira unindo um tecido ou outro tipo de material similar entre eles.

SAPATA: Base ou suporte para instalação de elementos verticais.

SAPATILHA: Protetor para cabos de aço ou cordas. Também um tipo especial de calçado utilizado por bailarinos ou atores.

SARRAFO: Pedaço comprido de madeira de seção retangular. Material que deve sempre estar disponível, pois é muito utilizado pelos cenotécnicos na construção de outros elementos cênicos, como mão-francesas, praticáveis, escoras, na emenda de dois ou mais pedaços de madeira e em várias outras ocasiões que podem, por ventura, precisar de uma solução imediata. Elemento básico na construção de cenários.

SERRALHERIA: Oficina para trabalhos em ferro. O trabalho do serralheiro é muito solicitado na execução de grandes projetos cenográficos.

SOFITA: Nome dado ao urdimento ou, mais geralmente, ao piso deste, onde são fixadas as roldanas e outros equipamentos cenotécnicos.

TABLADO: Espécie de palco improvisado a partir de uma estrutura de apoio, com tábuas criando o piso. Muitas vezes são utilizadas também chapas de madeira compensada.

TAPADEIRA: Uma espécie de bastidor, normalmente fechado em madeira. Painel rígido, usado para composições de cenografia. Mais usual em televisão do que em teatro.

TAPETE: Elemento da cenografia colocado sobre o piso. Usado também para absorver ruídos.

TALHO: Intervalo entre as tábuas ou perfis de piso do urdimento, para posicionamento de polias.

TAMPO: Folha de madeira colocada sobre as poleas e americanas.

TELÃO: Pano com pintura (armado ou não) que, nos teatros, pende adiante do pano-de-boca. "Tínhamos uma cenografia toda feita em telões realistas, que davam o clima propício à cena". É manobrado em suspenso, verticalmente à grelha.

TOURNETE: Praticável circular, usado também como palco giratório.

TRAINEL: Uma espécie de tapadeira ou bastidor, sempre armado com tecido ou lona esticada e pintado. Há trainel liso, trainel fixo, trainel com rodinhas, trainéis de proteção etc.

TRAQUITANA: Refere-se aos truques feitos e idealizados por cenógrafos e aderecistas.

TRANSPARÊNCIA: Tela transparente que cobre, total ou parcialmente, o palco segundo um plano vertical.

TRAVESSÃO: Sarrafo ou pedaço de madeira que une painéis entre si.

TRAVAMENTO: Também amarração ou travação. É a estruturação do cenário. O travamento não permite que o cenário se movimente, por exemplo, quando um ator se apoia em uma de suas paredes. Essa amarração é normalmente feita com restos de sarrafo. Existem muitos ‘macetes’ de travação, conhecidos dos cenotécnicos.

TRAVE: Pedaço de madeira (esporadicamente outro material) utilizado na sustentação ou reforço de uma estrutura. Muito usada na estruturação de cenografia.

TRILHO: Tipo de perfil onde correm rodízios ou carrinhos, cuja função é permitir o deslocamento das vestimentas cênicas.

TROCA DE TALHO: Ocorre quando há mudança das caixas de gorne ou de roldana, de um talho a outro, a fim de alterar o espaçamento.

URDIMENTO: Armação de madeira ou ferro, construída ao longo do teto do palco, para permitir o funcionamento de máquinas e dispositivos cênicos. Na realidade, é o esqueleto do palco; a ‘alma’ da caixa de mágicas em que ele às vezes se converte. Tem como limite superior, a grelha com a sofita e como limite inferior, a linha das bambolinas, varas de luzes e a parte superior da cenografia.

VARA: Madeira ou cano longitudinal preso no urdimento, onde são fixados elementos cenográficos, equipamentos de luz e vestimentas cênicas. Sua movimentação pode ser manual, utilizando-se contra-pesos e elétrica.

VARANDA: Uma espécie de passarela que contorna todo o urdimento, às vezes, também atravessando-o, por onde circulam os cenotécnicos. Nessa varanda é que se amarram as cordas, controlam-se os contra-pesos, os efeitos cênicos etc.

VARANDA DE LASTRO: Também chamada de varanda de carregamento, é o lugar onde se carregam as caixas de contrapeso com as cargas adequadas para cada vara.

VARANDA DE MANOBRA: Lugar onde se encontram os freios, a barra de malaguetas e a barra de afinação. Varanda na qual trabalham os maquinistas.

VENTO: Termo característico da linguagem dos ‘homens de palco’. Deslocamento. "Para poder passar, foi preciso dar um vento para trás".

VESTIMENTAS CÊNICAS: Conjunto de elementos da cenografia e da cenotécnica que cria o envoltório do espaço cênico e determina sua concretude na caixa cênica.

VERGA: Termo de cenografia correspondente à viga em arquitetura. Usado para dar a ilusão de teto, segundo o ângulo de visão do espectador. Muito usado em cenografia de televisão.

VIGA DE CABEÇA: Viga dupla ou reforçada que sustenta os gornes ou roldanas de saída ou de cabeça.
Fonte: http://teatronanet.blogspot.com/

 
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